Diálogo de saberes e decolonização nos museus: o caso da exposição “Resistência já” do MAE-USP
(MESTRADO)
Rodrigo Castilho Freitas (2023- atual)
O presente projeto tem como objetivo investigar as percepções do público visitante sobre a relação entre saberes científicos e saberes dos povos originários em uma exposição de museu. A fundamentação teórica tem por base as discussões sobre alfabetização científica (AC), relações entre ciência, tecnologia, sociedade e ambiente (CTSA), Pensamento Latino Americano em Ciência-Tecnologia-Sociedade (PLACTS) e perspectivas decoloniais. As relações e articulações entre estes referenciais incidem sobre a educação científica não formal e a divulgação científica, tendo os museus espaços de protagonismo para o desenvolvimento destes processos. O estudo será realizado na exposição “Resistência já! Fortalecimento e união das culturas indígenas Kaingang, Guarani Nhandewa e Terena” do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), concebida na parceria entre os especialistas do museu e os povos indígenas. A pesquisa é de natureza qualitativa e será conduzido um estudo de caso, tendo como procedimentos metodológicos o levantamento de documentos, a observação e as entrevistas com o público visitante, tratando os dados com a técnica de Análise de Conteúdo. Busca-se, com esta investigação, apontar as possibilidades e os desafios de compreensão dos públicos sobre o diálogo de saberes e sobre processos de co-produção de exposições entre cientistas e povos indígenas.